Traficantes colombianos enviavam drogas para facção no AM e recebiam pagamento em criptoativos, diz PF
PF prende 3 pessoas em operação contra facção criminosa no Amazonas A operação Xeque Mate da Polícia Federal apontou que a facção criminosa Comando Ver...

PF prende 3 pessoas em operação contra facção criminosa no Amazonas A operação Xeque Mate da Polícia Federal apontou que a facção criminosa Comando Vermelho usava criptoativos para realizar pagamentos de carregamentos de drogas enviados por traficantes colombianos. A ação policial foi realizada nesta segunda-feira (6), no Amazonas e em São Paulo, e três pessoas foram presas. Segundo o g1 apurou, os principais alvos são os chefes do Comando Vermelho no Amazonas e o responsável pela lavagem de dinheiro por meio de uma fintech. Além das prisões, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e determinado o sequestro de bens que somam R$ 122 milhões. 🔎 Criptoativos são ativos digitais baseados em criptografia e tecnologia blockchain, como criptomoedas e tokens. Eles podem representar valores, direitos ou utilidades dentro de sistemas digitais descentralizados. São usados para transações, investimentos ou acesso a serviços em plataformas digitais seguras. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp De acordo com o superintendente regional da PF no Amazonas, João Paulo Garrido Pimentel, o grupo operava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, utilizando empresas de fachada, estruturas paralelas de pagamento e uma fintech conhecida como "Carto", em alusão à palavra "cartel". "Os indícios são no sentido de que os traficantes colombianos enviavam a droga aqui para o Amazonas e recebiam o pagamento por meio de criptoativos. Esses criptoativos também eram operados por essa pessoa que era responsável pela fintech", explicou Garrido. As transações eram realizadas por meio de aplicativos, o que dificultava a fiscalização pelos bancos tradicionais. Ainda conforme o superintendente, o chefe da organização usava documentos falsos para realizar viagens para o exterior e atualmente estaria na Colômbia, de onde emitia ordens de operação para os integrantes da facção no Brasil. "Essas lideranças do crime organizado faziam viagens frequentes ao exterior, promoviam a aquisição de veículos e artigos de luxo, e também alguns dos membros realizaram cirurgias plásticas", destacou o superintendente. O uso de criptomoedas pelo crime Operação A Operação Xeque-Mate ocorreu nesta segunda-feira (6) e até a última atualização desta reportagem, três pessoas haviam sido presas, sendo uma delas a esposa do chefe do Comando Vermelho no Amazonas, que também teve bens de luxo apreendidos em casa. Além das prisões, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e foi determinado o sequestro de bens que somam R$ 122 milhões. Os nomes dos presos não foram divulgados, mas segundo a Polícia Federal eles ocupavam posições estratégicas na estrutura financeira do grupo criminoso. A operação é um desdobramento das operações Torre 1, 2, 3 e 4, que já vinham investigando o grupo há meses, e contou com apoio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI/AM), que forneceu informações estratégicas para localizar os alvos. Também houve cooperação com autoridades policiais colombianas. LEIA TAMBÉM Operação nacional combate lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas no AM e outros três estados Operações da PF investigam associações criminosas suspeitas de fraudar auxílio reclusão no AM Operação buscou desarticular o crime organizado no AM Erlon Rodrigues/PF-AM Material apreendido na operação Divulgação/PF Operação da PF desarticula núcleo de facção criminosa que atua no Amazonas